por Mariana Sucupira
Olhar de novo para uma pequena parte do corpo é sempre distinto. Mudam as células, muda meu estado de ser/ estar no mundo. Mas quase sempre a investigação do movimento a partir do esfenóide me leva pelo mesmo caminho.
O esfenóide me parece, geotopograficamente falando, um dos ossos mais complexos do corpo, se não o mais. A sua formação em múltiplas direções espaciais me traz um sensação de explosão. O esfenóide é um osso explodido. E essa metáfora reverbera no corpo tanto como o impulso/pulso de uma explosão (implosão?), como as direções da dança no espaço. E de repente, em um determinado momento, tudo parece ficar em um estado de suspensão.
Ano passado revi essa cena do filme Zabriskie Point, do Antonioni e, por enquanto, é o jeito mais concreto que consigo ilustrar essa sensação...
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16 mulheres...
O Núcleo Cinematográfico de Dança originou-se de um grupo de pesquisa, sediado no Estúdio Nova Dança, em São Paulo, em 2002. Em 2004 firmou-se como uma companhia profissional, mas mantém ao longo desses anos este outro grupo que segue com suas investigações paralelas aos trabalhos do Núcleo, sempre fomentando questões sobre metodologias de criação e treinamento técnico. Hoje esse
grupo de pesquisa, nomeado 16 mulheres e 1/2, embora ainda uma extensão do Núcleo Cinematográfico de Dança, se expandiu e se fortaleceu, agregando outros criadores-intérpretes.
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2 comentários:
Essa cena é incrível... imagem da indizível necessidade de destruição. Lembrei-me, mesmo não sendo uma pessoa muito mística, de Shiva... que dança para destruir um universo cansado.
O esfenoide também me deu a sensação de uma expansão multidirecional para fora de mim... loucura total.
minha sensação depois daquela aula é que o esfenóide é um grande segredo escondido...
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